Conhecendo argamassa - 2ª ed. - Impresso

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    Em meados dos anos 80, a CIENTEC desenvolveu um trabalho junto a uma grande construtora, com atuação em Porto Alegre, para desenvolvimento de traços de argamassas para execução de revestimentos. A atitude dessa construtora foi motivada pela enorme incidência de manifestações patológicas, mais notadamente fissuras, verificadas nos revestimentos feitos com argamassas produzidas em obra a partir de argamassas intermediárias de cal e areia compradas prontas. Imposto o desafio, a CIENTEC desenvolveu um trabalho para a extinção da cal virgem na própria obra. Num momento seguinte, as argamassas passaram a ser produzidas a partir do emprego de uma argamassa intermediária, preparada em obra, com cal hidratada em pó, e permaneciam em repouso por um período não inferior a 24 horas para garantir a completa hidratação do cal e aumentar sua plasticidade. Como esse procedimento implicava duas operações de mistura, uma para a produção da argamassa intermediária de cal e areia e outra para a obtenção da argamassa definitiva, após a incorporação do cimento Portland, seu custo era elevado.

    Posteriormente, as argamassas passaram a ser produzidas diretamente pela mistura numa única operação de cimento Portland, da cal hidratada e da areia, tornando o processo adequado economicamente. A construtora transferiu os traços originais para um produtor de cal que começou a produzir argamassas industrializadas, hoje com alterações provenientes de uma evolução natural na busca pela otimização dos recursos e redução dos custos. Produtores de argamassas intermediárias de cal e areia igualmente procuraram a CIENTEC para adequação e otimização de seus traços. O conhecimento sobre argamassas carece de divulgação, sendo até hoje extremamente escassa a bibliografia sobre o assunto. Tem-se a impressão de que em um determinado momento a técnica de produção de boas argamassas ficou comprometida pela simplificação, não tendo sido resgatada, haja vista a quantidade de problemas ainda observados.

    Esta obra, de certa forma, apresenta alguns conceitos que permitiram a concepção do “Método CIENTEC de Dosagem de Argamassas”, na forma de um exemplo de dosagem de uma argamassa mista de cimento Portland e cal. Este trabalho está alicerçado nos bons resultados obtidos por quem emprega em suas obras argamassas de cimento Portland e cal, dosadas pelo “Método CIENTEC de Dosagem de Argamassas”. O envolvimento da CIENTEC com trabalhos de restauração de edificações de interesse histórico e cultural fez com que inúmeros traços de argamassa empregados no passado fossem reconstituídos, fornecendo informações valiosas que permitiram o resgate de alguns conceitos perdidos com o tempo.

    Em nenhum momento este livro tem ou teve a pretensão de ser uma obra de referência, não tendo sido concebido para informar doutos, mas, sim, para formar profissionais, já que não existe um livro-texto que possa ser empregado nos cursos de graduação. Alguém poderá supor ter sido muito longo o tempo decorrido entre os primeiros estudos e a publicação deste trabalho. Deve ser considerado que isso só ocorreu após a realização de inúmeros testes em obras que confirmaram os conceitos aplicados no laboratório, visto que jamais será possível ensinar aquilo que nunca se fez.

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