Panorama geotécnico das rupturas de barragens e gestão de risco - Impresso

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    Embora a compreensão do comportamento de barragens tenha melhorado ao longo dos anos, as barragens continuam falhando. Aparentemente, os profissionais estão cada vez mais capacitados, e as tecnologias mais inovadoras, entretanto, ainda nos deparamos com rupturas de grande magnitude, com um grande número de vítimas e impactos ambientais. Deve-se enfatizar, também, que grande parte das falhas pode ocorrer sem atingir domínio público, uma vez que somente os casos mais graves são divulgados, em grande parte, pela mídia.

    Mas e por que as barragens ainda rompem?

    De fato, pode-se concluir que a maioria das falhas é devido ao gerenciamento inadequado. O gerenciamento integrado, que permite garantir a estabilidade e segurança dessas estruturas, deve abordar estudos abrangentes nas fases de licenciamento, estudos preliminares, investigações geotécnicas, projeto e construção das estruturas, monitoramento, programas de inspeção e auditorias, fiscalização e o plano de descomissionamento e descaracterização. Além disso, deve considerar ajustes operacionais devido a mudanças nos materiais depositados nos reservatórios, desgastes naturais, regimes pluviométricos e condições adversas.

    O grande desafio tem sido o que fazer com as barragens de rejeitos já construídas fora do padrão e que, ano a ano, tornam-se menos estáveis e com graus de risco inaceitáveis. Como fazer para desativar? Onde depositar o rejeito que será retirado do reservatório? Como ampliar o entendimento sobre novos processos e tecnologias? Como reduzir as rupturas? A análise processual do risco e falha é essencial, aliada ao controle dos fatores de segurança, assim como a devida gestão desses riscos ao longo da vida útil da estrutura.

    Com esta obra, a autora propõe uma profunda reflexão acerca dos principais modos de falha de barragens, com um estudo que abrange falhas históricas e suas principais características. Ainda, propõe um novo método para análises de risco e falhas, a partir de dados de inspeção e monitoramento, denominado “Método Baldi”, que amplia as avaliações que são feitas para garantia da estabilidade das estruturas. À medida em que os conceitos, técnicas e práticas vão sendo mais discutidos e aplicados, é possível integrar as várias disciplinas do conhecimento para uma análise cada vez mais dinâmica e integrada. As discussões sobre barragens não podem ser esgotadas dentro dos limites dos empreendimentos e da comunidade geotécnica, e devem englobar o meio acadêmico, público e a sociedade como um todo.

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