Horácio Sabino: urbanização e histórias de São Paulo - Impresso

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    Todos aqueles que foram protagonistas da realização da metrópole paulistana merecem ser imortalizados em obra literária, como fez Carolina Andrade, responsável por este livro ao historiar a vida de Horácio Belfort Sabino, um dos principais responsáveis pelo processo de urbanização de São Paulo.

    Em excelente esforço de pesquisa, a jornalista discorre sobre três gerações, começando pelo avô de Horácio Sabino, Joaquim José Sabino de Resende Faria e Silva, advogado, escritor, poeta e teatrólogo, que veio para o Maranhão no final de século XVIII para exercer o cargo de secretário-geral do governo colonial, naturalizou-se brasileiro e presidiu a província de Maranhão de 2 a 7 julho 1825.

    O pai do Horácio, tenente-coronel Ricardo Leão Sabino, músico, escritor e professor de latim, francês e filosofia, liderou a resistência militar contra os revoltosos da Balaiada (1838 a 1849), em Caixas, no Maranhão.

    A trajetória de Horácio Sabino tem lances épicos exalçando-se a figura do empreendedor, do homem da livre iniciativa que revolucionou a urbe e impulsionou o progresso. Nascido em Florianópolis em 8 de março de 1869, veio com seus pais para São Paulo aos 6 anos. Bacharelou-se em direito aos 20 anos, aprimorou-se em taquigrafia e ingressou por concurso no Serviço Taquigráfico do Congresso Paulista em 1892. Já havia trabalhado no Senado Imperial, no Legislativo do Rio de Janeiro e na Constituinte após a Proclamação da República. É considerado um dos mais aptos taquígrafos do país, tento introduzido e modificações e aperfeiçoamento nos métodos de taquigrafia vigente. Mandava imprimir em Portugal anais da Câmara e do Senado supervisionava pessoalmente a revisão. De suas viagens à Europa. Horácio importou tomógrafos e máquinas de escrever Hammond.

    Juntamente com América Milliet – casaram-se em 1894, mantendo os laços matrimonias até 1950, quando ambos faleceram, ela 15 dias depois -, Horácio Sabino iniciou-se no ramo imobiliário em 1898 com o projeto da Vila América, abrindo a vias hoje denominadas alamedas Santos, Jaú, Itu, Franca, Tiete, Lorena, bem como as ruas Augusta, Haddock Lobo e Bela Cintra.

    Talvez o maior feito de Horácio Sabino e de América Milliet tenha sido a compra do Sitio da Barreira e de áreas contíguas, o que deu origem à Companhia Cidade Jardim, responsável pelo alongamento da rua Augusta – rua Colômbia e avenida Europa -, completado pela avenida Cidade Jardim. Ao bairro Cidade Jardim se juntaram mais tarde Jardim Leonor; Jardim Morumbi, Jardim Guedala e adjacências.

    Outro mérito de Horário Sabino consistiu em viajar a Londres e atrair a City of São Paulo Improvements and Freehold Land Co. LTD., que urbanizou em área de 12 milhões de m² bairros da importância do Jardim América, Pacaembu e Alto da Lapa, dentre outros.


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