Eucalipto em sistemas agroflorestais - 2ª ed. - Impresso

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    Embora o Brasil seja a esperança do mundo para alimentação de sua crescente população, os cultivos tradicionais de monocultura podem trazer consideráveis riscos ecológicos, econômicos e ambientais para o país. Uma alternativa sustentável seria o uso dos sistemas agroflorestais em que se utilizam culturas agrícolas anuais e/ou com animais associados a árvores. Os sistemas agroflorestais surgiram nas regiões tropicais da África com o tradicional Sistema Taungya, onde plantios florestais eram associados a culturas anuais. No Brasil, ainda que ações isoladas tenham ocorrido anteriormente, os sistemas agroflorestais foram difundidos no início da década de 60, com os trabalhos de Jean C. L. Dubois, inicialmente na Amazônia e, posteriormente, no Rio de Janeiro, com a criação da Rede Brasileira Agroflorestal (REBRAF).

    A eucaliptocultura no Brasil surgiu no estado de São Paulo, com os trabalhos de Edmundo Navarro de Andrade, a partir de 1904. O técnico da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro utilizou sementes de algumas árvores da região e em maior quantidade sementes trazidas de Portugal. Posteriormente, Navarro de Andrade importou uma grande coleção de espécies de eucalipto oriundas da Austrália. Pela diversidade de espécie e pela facilidade de adaptação aos vários tipos de clima e solo, as espécies do gênero Eucalyptus são responsáveis, atualmente, pela grande produção de madeira para diversificados usos no Brasil.

    Os sistemas agroflorestais com eucalipto, no Brasil, parecem ter sido relatados pela primeira vez em 1918, por meio de um experimento em pastagem com floresta para criação de ovinos e uso apícola. Os trabalhos científicos iniciaram-se em 1962, com a cultura de Eucalyptus alba, consorciado com milho, também no estado de São Paulo. Atualmente, muitos trabalhos de pesquisas são realizados sobre os vários aspectos dos sistemas agrossilvipastoris, como eucalipto, principalmente, em Minas Gerais. Também, pequenos produtores e empresários rurais têm sido estimulados a usar tais sistemas por se tratar de um instrumento de sustentabilidade capaz de produzir com baixo impacto ambiental.

    Os autores desta obra procuraram reunir as informações existentes sobre o uso das espécies do gênero Eucalyptus, consorciadas com culturas anuais, perenes e com animais, para que as comunidades agropecuária, empresarial e universitária tenham maior facilidade no uso desta tecnologia. Segundo os autores, está não é uma obra acabada, mas acreditam que ela possa servir como direcionamento tecnológico e científico para todos os que se predispuserem a mergulhar no cativante cenário do conhecimento Agrossilvicultural.

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