Barragens na região amazônica - Impresso
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A escassez de sítios favoráveis à implantação de barragens na região central da bacia amazônica, em uma área de aproximadamente 1,5 milhão de km2, resulta da conjugação de aspectos fisiográficos e geológicos desfavoráveis: de um lado, a ausência de desníveis topográficos acentuados, motivada pelo caráter aplainado e suave das formas de relevo; de outro, a predominância de sedimentos brandos, em sua maior parte de origem geológica recente, pouco adequados a servir de apoio para as estruturas de barramento e de suas obras anexas; por último a dificuldade na obtenção de materiais naturais de construção, dada a quase total ausência de rochas duras.
As rochas duras, assim como os sítios adequados para a implantação de barragens, somente são encontradas ao longo dos vales fluviais em grandes distâncias do rio Amazonas, em áreas onde as formas de relevo começam a se avultar e onde os sedimentos que ocupam o centro da bacia cedem lugar às rochas mais competentes do embasamento cristalino.
Configura-se, assim, a curiosa distribuição de sítios de barragens na região amazônica, formando dois “cinturões”, tanto a sul, quanto a norte, que acompanham o traçado do rio Amazonas, mantendo-se a distância do grande rio.
Em associação aos condicionantes fisiográficos e geológicos acima referidos, sobressai a atuação das regressões e transgressões do nível do mar associadas aos ciclos de glaciação que, de tempos em tempos, provocaram intensas mudanças no sistema fluvial da região amazônica e em sua paisagem.
O livro procura fazer uma abordagem integrada dos diversos aspectos, descrevendo o contexto fisiográfico e geológico determinante aos fins da seleção de sítios de barragens nesta região. É feita referência a cerca de 130 sítios inventariados para fins de geração de energia elétrica, com capacidade superior a 30 MW de potência instalada. Desse total, pouco mais de 20 usinas hidrelétricas foram efetivamente construídas, enquanto cerca de uma centena de projetos, em diversos níveis de aprofundamento, permanecem no papel.
As rochas duras, assim como os sítios adequados para a implantação de barragens, somente são encontradas ao longo dos vales fluviais em grandes distâncias do rio Amazonas, em áreas onde as formas de relevo começam a se avultar e onde os sedimentos que ocupam o centro da bacia cedem lugar às rochas mais competentes do embasamento cristalino.
Configura-se, assim, a curiosa distribuição de sítios de barragens na região amazônica, formando dois “cinturões”, tanto a sul, quanto a norte, que acompanham o traçado do rio Amazonas, mantendo-se a distância do grande rio.
Em associação aos condicionantes fisiográficos e geológicos acima referidos, sobressai a atuação das regressões e transgressões do nível do mar associadas aos ciclos de glaciação que, de tempos em tempos, provocaram intensas mudanças no sistema fluvial da região amazônica e em sua paisagem.
O livro procura fazer uma abordagem integrada dos diversos aspectos, descrevendo o contexto fisiográfico e geológico determinante aos fins da seleção de sítios de barragens nesta região. É feita referência a cerca de 130 sítios inventariados para fins de geração de energia elétrica, com capacidade superior a 30 MW de potência instalada. Desse total, pouco mais de 20 usinas hidrelétricas foram efetivamente construídas, enquanto cerca de uma centena de projetos, em diversos níveis de aprofundamento, permanecem no papel.
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