A construção de represas: impactos positivos e negativos

Há vários desafios e questões atrelados à construção de represas. Neste artigo, são listados alguns efeitos positivos e negativos.

Foto da represa Hoover, nos EUA, referência em construção de represas.

Represa Hoover, em Nevada, EUA (Fonte: Pixabay)

As primeiras represas foram construídas há 8.000 anos, na região da Mesopotâmia (rios Tigre e Eufrates). As informações registradas da construção de represas datam de 3.000 a.C.

A construção de reservatórios representa uma das grandes causas de modificações do ciclo hidrológico e de impactos ambientais no Planeta, com efeitos positivos e negativos. A seguir são descritos os possíveis efeitos ambientais em razão da construção de reservatórios. Nem todos os eventos ocorrem simultaneamente.

Efeitos positivos

  • Produção de energia – hidroeletricidade;
  • Criação de purificadores de água com baixa energia;
  • Retenção de água local;
  • Fonte de água potável e para sistemas de abastecimento;
  • Representativa diversidade biológica;
  • Maior prosperidade para setores das populações locais;
  • Criação de oportunidades de recreação e turismo;
  • Proteção contra cheias das áreas a jusante;
  • Aumento das possibilidades de pesca;
  • Armazenamento de água para períodos de seca;
  • Navegação;
  • Aumento do potencial para irrigação;
  • Geração de empregos;
  • Promoção de novas alternativas econômicas regionais;
  • Controle de enchentes;
  • Aumento de produção de peixes por aquacultura.
  •  

Efeitos negativos

  • Deslocamento de populações;
  • Emigração humana excessiva;
  • Deterioração das condições da população original;
  • Problemas de saúde pela propagação de doenças transmissíveis;
  • Perda de espécies nativas de peixes de rios;
  • Perda de terras férteis e de madeira;
  • Perda de terrenos alagáveis e alterações em hábitats de animais;
  • Perda de biodiversidade (espécies únicas) e deslocamento de animais selvagens;
  • Perda de terras agrícolas cultivadas por gerações, como arrozais;
  • Excessiva imigração humana para a região do reservatório, com os consequentes problemas sociais, econômicos e de saúde;
  • Necessidade de compensação pela perda de terras agrícolas, locais de pesca e habitações, bem como peixes, atividades de lazer e de subsistência;
  • Degradação da qualidade hídrica local;
  • Redução das vazões a jusante do reservatório e aumento em suas variações;
  • Redução da temperatura e do material em suspensão nas vazões liberadas para jusante;
  • Barreira à imigração de peixes;
  • Perda da biodiversidade terrestre em represas da Amazônia.

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