Clivagem: você sabe o que significa?
O termo clivagem refere-se à propriedade que uma rocha tem de romper-se ou clivar em superfícies aproximadamente paralelas
A clivagem abrange um subgrupo de foliações – nem todas as rochas foliadas se rompem preferencialmente ao longo de sua foliação.
Ocorrem em rochas metamórficas de grau incipiente a muito baixo (até xisto verde baixo) e em gnaisses micáceos ou xistos na forma de clivagem de crenulação tardia. Tanto a clivagem como a crenulação são penetrativas em escala de amostra de mão e o espaçamento entre os elementos planos é variável.
Se a distância for maior que 1 mm e os planos forem perceptíveis em amostra de mão como superfícies ou zonas individuais, é denominada espaçada (Fig. 13.4 e parte esquerda da Fig. 13.5; Boxe 13.1).

A estrutura será uma clivagem contínua se o espaçamento dos elementos planos for igual ou menor que 1 mm (à direita na Fig. 13.5). Naturalmente, as rochas com uma foliação contínua se partem em fatias ou lascas mais finas que as rochas com foliações espaçadas.

A clivagem de rochas não deve ser confundida com a clivagem de minerais, que é a tendência de um mineral romper-se ao longo de planos cristalográficos específicos.
Clivagem de fratura
O termo pode ser usado para indicar fraturas em pequenos intervalos em rochas não metamorfizadas ou de grau metamórfico muito baixo, particularmente em calcários e arenitos.
Elas podem formar-se por fraturamento de planos preexistentes. A clivagem ordinária se dá por contração perpendicular aos planos de clivagem. Envolvem extensão através de seus planos; elas são, portanto, mais bem classificadas como um arranjo de fraturas de pequena escala.

As fraturas de cisalhamento também ocorrem próximo umas das outras e de modo suficientemente sistemático, que se assemelha a uma clivagem. Esse tipo é muito restrito, tipicamente em núcleos de falha e zonas de dano. Há outros usos do termo na literatura e, portanto, é melhor evitá-lo para não causar mal-entendidos.
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