Tipos de rochas: entenda as definições e diferenças

A classificação dos tipos de rochas se dá a partir da análise de sua origem e da combinação dos minerais que as compõem.

As rochas fazem parte da litosfera, camada que compõe a superfície sólida da Terra. Elas são constituídas pela união de diferentes minerais, e são os diversos processos naturais do planeta os responsáveis pela formação dos mais variados tipos de rochas

Para a formação de cada um dos tipos de rochas é necessário um processo geológico distinto, bem como condições de temperatura e pressão específicas. Neste artigo, apresentaremos a origem e a composição mineral das rochas ígneas (ou magmáticas) e metamórficas, além de seus subtipos. 

Conheça os principais tipos de rochas

A classificação dos tipos de rochas se dá a partir da análise de sua origem e da combinação dos minerais que as compõem. Cada uma das mais variadas espécies surge com a ocorrência de um processo geológico específico, como intemperismoerosãotectonismo, entre outros. 

Esses processos são capazes de gerar uma infinidade de tipos de rochas, mas, neste artigo, focaremos apenas em duas delas e suas variações: as rochas ígneas e metamórficas.

Rochas ígneas ou magmáticas

Como o nome sugere, as rochas magmáticas têm origem no magma dos vulcões, a partir da solidificação da lava. Também chamadas de ígneas, elas se dividem em duas outras classificações, conforme as características de seu surgimento. São elas: 

Foto de derramamento de lava do vulcão Kilauea.

Lava do vulcão Kilauea (Havaí, EUA) na direção do oceano, processo de formação de rochas extrusivas (Fonte: Marc Szeglat/Unsplash)

Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas

Essas rochas são formadas na superfície terrestre ou em áreas oceânicas e se solidificam a partir do resfriamento da lava expelida pelos vulcões. Esse subtipo de rocha se forma de maneira rápida, portanto, sua textura apresenta uma granulação fina ou aspecto vítreo, o que permite que os minerais que o compõem sejam facilmente identificados. 

Um exemplo de rocha extrusiva ou vulcânica é o basalto. Na natureza, ele é encontrado em locais como a região de Torres, no Rio Grande do Sul, em uma formação de disjunções colunares aflorantes. Já suas aplicações na engenharia civil incluem agregados asfálticos para pavimentação e fabricação de pisos.

Foto de disjunções colunares em basalto da Formação Serra Geral.

(Imagem presente no livro Rochas ígneas e metamórficas, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas

O processo de formação desse subtipo de rocha é mais longo que o das rochas vulcânicas. As rochas plutônicas se originam do interior da Terra, em zonas específicas entre a astenosfera e a litosfera, e aparecem na superfície através de afloramentos, por meio de processos geológicos como o tectonismo. 

granito, que conhecemos pelo uso comercial na construção civil e sua aplicação na fabricação de pias, bancadas e demais revestimentos, é uma rocha plutônica. É possível encontrá-lo em sua forma original no Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia Chilena, na forma de picos. 

Foto do Parque Nacional Torres del Paine, no Chile.

Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena (Fonte: Anqi Lu/Unsplash)

Rochas metamórficas

Essas rochas surgem a partir de outros tipos de rochas preexistentes – inclusive as ígneas, mencionadas anteriormente –, chamados de rochas-mãe. As rochas metamórficas não passam por decomposição, mas seu processo de formação se dá a partir de transformações (metamorfismos), quando são colocadas em condições de temperatura e pressão distintas em locais distantes de sua origem, por meio de processos geológicos. 

O metamorfismo progressivo é o que leva as rochas metamórficas a apresentar diferentes aspectos texturais e mineralógicos, com a formação de novos tipos de minerais. 

Entre os exemplos de rochas metamórficas estão: 

Gnaisse

O gnaisse é originado do granito, uma rocha ígnea intrusiva (plutônica). Entre os exemplos mais conhecidos de formações rochosas em gnaisse está o morro do Pão de Açúcar, um dos cartões-postais mais famosos do Brasil, localizado no Rio de Janeiro. 

Na construção civil e na arquitetura, esse tipo de rocha geralmente é aplicado em fachadas de casas e outros estabelecimentos e acabamentos, como pisos, pias e bancadas. Também no Rio de Janeiro, diversas construções históricas foram elaboradas a partir da gnaisse, como a igreja da Candelária.

Imagem comparativa de dois gnaisses.

(Imagens presentes no livro Rochas ígneas e metamórficas, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

Ardósia 

A rocha-mãe da ardósia é o xisto, outro tipo de rocha metamórfica. Seu uso mais comum é na construção civil. Muito abundante no Brasil, a ardósia é comumente utilizada na produção de pisos e demais tipos de acabamentos para pias, bancadas, paredes e telhados. Algumas das formações do Vale de Bujaruelo, nos Pirineus Centrais, na Espanha, são compostas desse tipo de rocha. 

Foto do Pireneu San Nicolas de Bujuaruelo

Pireneu San Nicolas de Bujuaruelo (Fonte: Quique251/Wikimedia Commons)

Mármore

O mármore se origina do calcário, uma rocha sedimentar, a partir da exposição a altas temperaturas e baixa ou média pressão. As maiores jazidas desse tipo de rocha são encontradas em locais com grande presença de calcário onde ocorreu atividade vulcânica

Além do uso muito comum na construção civil, o mármore é muito utilizado na fabricação de ornamentos. Entre os exemplos mais conhecidos de aplicação desse tipo de rocha metamórfica estão a escultura histórica da Vênus de Milo, atribuída a Alexandre de Antioquia, e as placas que compõem o acabamento das fachadas do Palácio do Planalto, em Brasília. 

Foto do Palácio da Esplanada em Brasília.

Aplicações históricas de mármore nas construções de Brasília (Imagem retirada do livro Rochas ígneas e metamórficas, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

Lançamento da Ofitexto apresenta a petrografia desses tipos de rochas

De autoria de Antônio Gilberto Costa, Rochas ígneas e metamórficas: petrografia, aplicações e degradação está em sua segunda edição e em nova casa editorial. A obra, publicada pela livraria técnica Ofitexto, é totalmente colorida e conta com fotografias do acervo pessoal do autor impressas em excelente qualidade. 

O livro trata do assunto de forma inédita para a área da geologia, pelos vieses da petrografia macroscópica e da petrografia microscópica, tanto de rochas ígneas quanto de rochas metamórficas, de forma a instruir os leitores a respeito da identificação dessas formações

Petrografia microscópica de rochas metamórficas coletadas em Arouca (Portugal) e nos municípios de Virgem da Lapa, Diamantina, Mariana, Maravilha, Dom Silvério, Caratinga e Itinga (Minas Gerais)

Petrografia microscópica de rochas metamórficas coletadas em Arouca (Portugal) e nos municípios de Virgem da Lapa, Diamantina, Mariana, Maravilha, Dom Silvério, Caratinga e Itinga (Minas Gerais) (Imagem retirada do livro Rochas ígneas e metamórficas, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

A obra de Antônio Gilberto Costa apresenta em detalhes as características da formação desses tipos de rochas, seu caráter textural, assim como os minerais que as compõem e a quantidade de cada um deles em sua constituição, de forma precisa.

Além disso, Rochas ígneas e metamórficas tem o diferencial de tratar da degradação desses tipos de rochas diante da exposição à ação do tempo e das condições climáticas conforme eles são colocados em locais distintos aos de sua origem. 

É possível adquirir Rochas ígneas e metamórficas na livraria técnica Ofitexto na versão impressa.

Capas de Rochas ígneas e metamórficas.