Tipos de tecnologias de sensores remotos segundo a dimensionalidade espectral

Apresentamos a seguir alguns tipos de sensores remotos usados para coleta de dados, como o pancromático, multiespectral, hiperespectral, ultraespectral

Imagem aérea de uma área tirada por câmera multiespectral, um dos tipos de sensores remotos mais famosos.

Tipos de sensores remotos: câmeras multiespectrais são compostas por múltiplos sensores, cada um com um filtro de alta qualidade específico para a captação de diferentes bandas com largura de banda estreita (Fonte: DronEng)

Nos tempos passados, o sensoriamento remoto era realizado com base em dados de câmeras, dependentes da existência de filmes fotográficos. Em meados do século XX, com o surgimento dos satélites artificiais, foi desenvolvida a tecnologia dos sensores, os quais não dependiam dos filmes fotográficos e podiam ter um número maior de bandas espectrais.

Enquanto a tecnologia das câmeras fotográficas pode ser chamada de pancromática, a tecnologia dos sensores corresponde à multiespectral. Na década de 1980, surgiu uma evolução da tecnologia multiespectral, possibilitando imageadores que podiam obter imagens em centenas de bandas estreitas, os denominados sensores hiperespectrais.

Atualmente, os progressos tecnológicos já permitem antever o próximo avanço na área dos sensores, que receberão o nome de ultraespectrais e poderão coletar dados em milhares de bandas espectrais.

Cada tecnologia tem suas vantagens e desvantagens, e, assim, cada uma é mais apropriada para uso conforme as demandas de especificidades dos casos necessitem. Os dados multiespectrais do ETM+ ou do OLI/Landsat têm grande utilidade para os objetivos do sensoriamento remoto em agricultura.

Já os dados hiperespectrais permitem a obtenção de espectros praticamente contínuos de cada pixel, possibilitando extrair informações até mesmo da composição química dos materiais da superfície terrestre. No caso dos dados ultraespectrais, vislumbram-se possibilidades informativas extremamente detalhadas sobre os alvos da superfície terrestre.

Vislumbra-se também que os desenvolvimentos em curso permitirão a disponibilidade cada vez maior de dados hiperespectrais com coberturas globais, a partir de sensores em plataformas orbitais, nas porções espectrais do visível, do infravermelho próximo e de ondas curtas. Contudo, é preciso tratar os diferentes tipos de dados conforme suas características e possibilidades.


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