Geomorfologia fluvial

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    Com bases principais na Geologia, Geografia e Engenharia, nas disciplinas de Hidrologia e Hidráulica, a Geomorfologia fluvial representa uma síntese. Em evolução em relação a livros anteriores, atualmente, o conceito moderno é se abordar um rio nas dimensões longitudinais e laterais, e ainda, verticais e temporais.


    Os estudos fluviais empregam diferentes ferramentas desde os clássicos mapas, fotografias aéreas e imagens de satélite, estudos hidrológicos e hidráulicos até extração de testemunhos de sedimentos da planície de inundação, análise química da água, sedimento e organismos e muitos outros.


    A bacia de drenagem e caracterização da rede de drenagem quanto à escala temporal e espacial, seu ordenamento e padrão, a densidade de drenagem e as definições constituem o léxico, apresentado no capítulo 2 com variados exemplos e aplicações em rios reais.


    Os processos fluviais de produção de água e sedimentos, seu transporte e sedimentação representam a própria dinâmica da Geomorfologia fluvial. A esta responderá a dinâmica de ajuste do canal.


    A planície de inundação são as áreas adjacentes ao canal do rio inundadas pelas cheias recorrentes e mantém relações com a dinâmica fluvial. A planície aluvial é a unidade geomorfológica formada pelo canal do rio e pela planície de inundação e pode incluir eventuais terraços aluviais existentes.


    Uma contribuição original de grande interesse é apresentada no capítulo 9 – Impacto antrópico e manejo conservativo, pois da mesma forma que que pela severa alteração da superfície terrestre pelo Homem, há a teoria geológica que chama nossa era do Antropoceno, não é diferente nos sistemas fluviais. Das principais alterações se destacam:


    - Regulação do fluxo mediante reservatórios para estocagem de água para uso múltiplo;


    - Canalização com dragagem, retificação do canal para estabilização das margens, irrigação, navegação e outros;


    - Uso e ocupação da bacia de drenagem com desmatamento, agricultura, urbanização e alteração da rede de drenagem.


    Os impactos decorrentes das alterações do fluxo do rio, físicas, químicas e biológicas, são detalhadamente descritos e analisados, particularmente na morfologia do canal e na carga de sedimentos. Como medidas de atenuação e restauração, medidas de manejo conservativo são apresentadas, como, por exemplo, vazão ecológica a jusante dos reservatórios.

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