A trilogia técnica, tecnologia e tectônica são inimagináveis por fora da arquitetura, se bem que a primeira compete por seu caráter genérico e onipresente desde o nascimento do homem, razão pela qual a filosofia a tomou entre suas mãos, a tecnologia ou lógica da técnica já é propriedade dos saberes particulares e ainda mais os especializados, com suas rotinas e automatismos próprios da era moderna o que para muitos oclui o acesso a criatividade restando possibilidades a arquitetura, finalmente a tectônica é o mais próprio e específico da arquitetura, desde suas raízes linguistas até seu peso marcando a arquitetura pela sua materialidade e a maneira em que esta nos provoca sensações que a percepção decodifica conforme os imaginários dominantes de materiais nobres e não tão nobres, quentes e frios, etc. etc.
São muitas as abordagens ou cortes que se podem fazer ao problema da técnica e a partir daí sua complexidade e riqueza enquanto ao termo ou conceito em todos os tempos da história. Poderíamos dizer que o homem técnico é tão básico como o homo faber ou homo ludens, ou outros que os pensadores interpretaram para todos os homens, em todos os tempos. Isto nos comprometeu a estudar o tema com maior esmero e esperamos que este livro brinde as respostas esperadas, mas sobre tudo que desperte perguntas inesperadas para continuar a conversação aqui iniciada.