A paralisação de uma obra na fase da execução do “esqueleto” estrutural, seja por motivos alheios tais como falência da construtora, ausência de verbas ou outros, resulta em superestruturas de concreto armado inacabadas. Em face da impossibilidade imediata de reinicialização das obras, estas estruturas acabam ficando expostas e submetidas à ação dos agentes agressivos do meio ambiente, deteriorando-se e perdendo desempenho ao longo dos anos.
Aliados a estes fatos, em diversos casos ocorrem também a perda de documentos, históricos e certificados laboratoriais dos ensaios tecnológicos dos concretos empregados nestas estruturas, que comprovariam as condições das resistências mecânicas face as imposições de projeto.
Quando da retomada das obras, podem ocorrer duvidas quanto a aceitabilidade do concreto dessa estrutura e a possibilidade ou não da continuidade destas obras.
Este trabalho procura fornecer informações úteis a engenheiros civis, arquitetos, construtores, peritos e consumidores em geral, estabelecendo diretrizes para a inspeção e analise da qualidade dos concretos empregados na estrutura de obras residenciais paralisadas, no que tange a avaliar as suas condições de durabilidade e a sua resistência mecânica compressão axial, frente as especificações do projeto e as normas técnicas vigentes.
O trabalho também propõe uma metodologia de elaboração de inspeção destas estruturas, como classificaras principais falhas construtivas e quais os critérios de aceitação da estrutura