Queimadas e incêndios florestais resultam na devastação de biomas. Pantanal, Amazônia e Cerrado têm estado sob ataque contínuo. Suas emissões atmosféricas e outros impactos ambientais são capazes de afetar o Planeta. Apenas em 2019 e 2020, cerca de 60 mil km² da vegetação do Pantanal (40% do bioma) foi afetada pelo fogo.
As queimadas e incêndios florestais afetam a qualidade do ar que respiramos - diretamente prejudicada com a elevação do teor de material particulado (fuligem) e pela crescente redução dos serviços ecossistêmicos. Além disso, contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas, cada dia mais conspícuas nos eventos atmosféricos exacerbados em intensidade e frequência.
Em um país de dimensões continentais, apenas o monitoramento de queimadas por satélites é capaz de mapear as queimadas e os incêndios florestais. Constituindo a ferramenta essencial, se não única, para a gestão de recursos florestais, a proteção da vida e o fornecimento de subsídios robustos para o estabelecimento de políticas públicas.
Atualmente, os dados obtidos por satélites são utilizados por instituições federais e estaduais, grupos de pesquisa científica, empresas e ONGs no combate ao uso descontrolado e ilegal do fogo no País.
“[...] imagens da Amazônia registradas pelo Satélite NOAA-9 mostraram dezenas de queimadas e plumas de fumaça oriundas dos desmatamentos no sul da região. Estas imagens gravadas para o experimento GTE-ABLE-2A, coordenado pelo INPE e pela NASA, que analisava a composição química da troposfera, permitiram identificar as fontes da poluição encontrada inesperadamente entre Manaus e Belém medidas a bordo da aeronave quadrimotor Electra da NASA.
Desta pesquisa, decorreu a associação entre a queima de biomassa em grande escala e a produção de emissões atmosféricas em volume capaz de alterar o clima planetário.” Hoje, em tempo real, o Portal Queimadas INPE.
O livro traz uma visão geral das ferramentas e dos produtos do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e algumas de suas principais aplicações, como medidas de áreas queimadas, risco meteorológico para queima de vegetação e detecção de focos de queima com satélites geoestacionários.
“Queimadas e incêndios florestais” apresenta pesquisas e consolida o conhecimento de 38 pesquisadores para quantificar o número e os impactos de incêndios naturais - causados por raios, e monitorar focos de incêndio em áreas de conservação. Assim como aborda a degradação florestal, os impactos do fogo em biomas brasileiros e a resposta da vegetação ao fogo.
Por fim, o livro traz os resultados de um projeto de geração de dados de emissões atmosféricas para avaliação de políticas ambientais e exemplos práticos da aplicação dos produtos do programa do INPE para a gestão do uso do fogo no Acre e a análise de condições climáticas futuras.
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