O Brasil é um país de dimensões continentais, razão pela qual, sob o ponto de vista climatológico, há uma diversidade de tipos climáticos. A grande extensão norte/sul nos possibilita experimentar climas, do equatorial ao temperado, mesmo que esse temperado seja, para a grande maioria dos estudiosos, o subtropical. Por outro lado, elementos estáticos, como atributos geomorfológicos a exemplo da Cordilheira dos Andes a Oeste do subcontinente e o Oceano Atlântico a Leste, são fatores que influenciam em diversos aspectos a variabilidade climática, desde a circulação geral à umidificação do ar.
A grande extensão e a tipologia das paisagens não configuram o Brasil como centro de ações das massas de ar que nele atuam, por essa razão, todas as massas de ar que adentram ou expandem-se pelo interior do país assimilam as características higrotérmicas e se modificam, enquanto umas se intensificam, ganham calor, outras são atenuadas.
Nesta obra as massas de ar foram quantificadas e espacializadas no Território Brasileiro, não com uma aproximação ideal, mas sim genérica, porém para toda a superfície territorial.
Para todas as cinco massas de ar e também para os Sistemas Frontais foram produzidas 102 Cartas do Brasil, para a média da série estudada, para as quatro estações e também cartas mensal. Dessa forma, procurou-se preencher lacunas, ou seja, aqueles locais onde não se tinha conhecimento sobre a influência das massas de ar atuante ao longo do ano, nesses as Cartas climáticas as comtemplam.