Cidades mais sustentáveis requerem discutir o uso de terrenos vazios, de recuperação de áreas degradadas, de regulação do uso de recursos e de temas que envolvem disputas de um modelo de desenvolvimento urbano. Essas concepções se ancoram nos caminhos acordados em pactos globais e nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que propõem cidades mais resilientes, capazes de reagir e se reinventar. Soluções de infraestrutura verde e azul, baseadas na natureza e serviços ecossistêmicos que vem sendo pesquisados em diversas Universidades, institutos e grupos interdisciplinares para analisar custo, investimento e adequação de propostas às condições locais.
A pandemia de Covid-19 ampliou os impactos dos problemas públicos inerentes a estas questões e pedem disposição coletiva, posturas transformadoras e investimento em inovações que aproximem o real vivido das propostas de gestão pública. Convido a todos e todas à leitura desta obra e às reflexões que ela suscita sobre os desafios a serem enfrentados pelos governos, sociedades, organizações e por todas e todos nós na construção de inovações sócio-políticas que cuidem das pessoas, reconheçam as experiências do feminino, especialmente em uma sociedade tão desigual, e valorizem a diversidade e a potencialidade de suas populações.