O encantamento pelas cores, brilho e transparência das pedras preciosas é tão antigo quanto o homem. Sua lapidação para transformá-las em objetos de ornamentação pessoal deu origem ao termo gema, isto é, a região da pedra digna de ser lapidada.
Dando sequência às obras antecedentes desta série: “Minerais e Pedras Preciosas do Brasil” e “Coleções Minerais do Brasil”, o livro “Gemas do Brasil”, contém farta informação e milhares de imagens de gemas em bruto e lapidadas, além de fotografias artísticas de deslumbrantes joias.
A obra conta com uma introdução histórica e com um guia das principais gemas que ocorrem no Brasil, mas também incluímos muitas de outras procedências, frequentes no comércio, na descrição das quais adotamos os critérios de diversas normativas.
Na segunda parte, destacamos a trajetória e contribuição do amplo leque de profissionais que participam do ciclo da gema, entre gemólogos, mineralogistas, laboratórios gemológicos, museus, colecionadores, mineradores, pedristas, lapidários, ourives e criadores de joias. Esses capítulos ilustram o trabalho em importantes minas, o comércio das gemas e, sobretudo, sua utilização, apresentando as criações de quase 50 designers e joalheiros.
AS GEMAS DO BRASIL
Em termos gerais, falamos de gema quando as pedras são lapidadas e de pedra preciosa quando em bruto. As gemas magnificam-se em quilates, e suas dimensões são fornecidas em milímetros. Peças ornamentais ou de coleção, normalmente cristais isolados ou agregados em bruto, magnificam-se em gramas, e suas dimensões são fornecidas em centímetros, exceto os diamantes, cujo peso, mesmo em bruto, sempre é apresentado em quilates.
Na descrição de cada gema adotamos os critérios mais estritos das diversas normativas oficiais com o intuito de evitar qualquer indução a erro na sua denominação.
Na organização das tabelas que acompanham cada gema no Guia Gemológico, consideramos primeiro a adequada nomenclatura e, se os houver, os principais sinônimos de cada gema. Segue-se a fórmula química e classe mineralógica, o tipo de cristalização e hábitos cristalográficos quando em bruto, a cor, grau de transparência, tipo de brilho e fenômenos ópticos, além de índice de refração, caráter óptico e birrefringência, presença de pleocroísmo e fluorescência. Fornecemos também o grau de dureza, peso específico, tipo de fratura, clivagem e cor do traço. Nas observações assinalamos as principais gemas com as quais ela pode ser confundida, assim como a existência de sintéticos, imitações e tratamentos.
Para a identificação das gemas com aparelhos de fácil acesso e uso, fornecemos o índice de refração (refratômetro), o peso específico (balança hidrostática) e o caráter óptico e birrefringência (polariscópio). Outros aparelhos simples e acessíveis que ajudam na identificação são o dicroscópio (presença de pleocroísmo) e a lâmpada UV (fluorescência e fosforescência).
Dureza, cor do traço e outros testes físicos (desaconselhados em gemas lapidadas) são apresentados porque este livro também é destinado a pedristas e lapidários que lidam com as pedras preciosas em bruto. Nas tabelas, a cor do traço somente é mencionada quando significativa (na maioria das gemas é incolor).
Não é nossa pretensão incluir todas as gemas, senão as principais que ocorrem no país ou as mais frequentemente achadas no comércio. Informações adicionais e milhares de outras imagens podem ser consultadas nas obras antecedentes desta mesma série: "Minerais e Pedras Preciosas do Brasil" e "Coleções Minerais do Brasil", em coautoria com Andrea Bartorelli (veja os respectivos anúncios no Mercado Livre), das quais reproduzimos diversas informações relativas aos locais de ocorrência de numerosas gemas.