Impactos cumulativos resultam de um conjunto de ações humanas, inclusive aquelas que, individualmente, causam impacto mínimo. Por exemplo, as usinas térmicas a carvão, algumas das maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa no mundo, individualmente emitem uma pequena fração da quantidade de gás carbônico lançada à atmosfera. Porém, com o contínuo aumento das emissões por uma imensa quantidade de fontes, veiculares, incêndios naturais e provocados, industriais e outros, acaba alterando o ciclo do carbono, gerando impactos cumulativos de efeito global, como as mudanças climáticas.
Após abordar magistralmente a avaliação de impacto ambiental (AIA) em seu primeiro livro, o ilustre professor Luis Enrique Sánchez expande os horizontes para a avaliação de impactos cumulativos (AIC), campo que necessita de implementação no contexto brasileiro e mundial. O autor frisa que os impactos cumulativos, geralmente negligenciados, podem e devem ser avaliados, seja como parte de estudos de impacto ambiental, seja nos estudos de âmbito regional.
Para suprir tal demanda,
Avaliação de impactos cumulativos aborda, em sete capítulos:
- as bases conceituais da avaliação de impactos cumulativos;
- o enfoque adequado a depender da abrangência da AIC, se realizada para um projeto completo, ou no âmbito de uma AIA de projetos, ou de forma regional, incluindo projetos pioneiros;
- o planejamento da avaliação, como definir o escopo do estudo e selecionar os componentes ambientais e sociais que serão afetados pelos projetos;
- a consulta pública a partes interessadas, em especial comunidades diretamente afetadas pelos projetos;
- o estabelecimento de bases de referência, a partir da elaboração de um diagnóstico analítico;
- as ferramentas de análise dos dados reunidos em uma avaliação de impactos cumulativos;
- o desenvolvimento de medidas de mitigação de impactos cumulativos;
- as estratégias de acompanhamento e gestão de projetos, como o monitoramento ambiental, auditorias ambientais etc.
O livro apresenta inúmeros casos reais de aplicação em vários países, a exemplo do estudo realizado no Chaco paraguaio em relação à abertura de rodovias, e do estudo de impactos cumulativos de projetos hidrelétricos no rio Maipo, no Chile.
Amplamente ilustrado, a obra ainda contém um glossário com mais de 40 termos aplicados à avaliação de impactos cumulativos, como bioacumulação e biomagnificação, vulnerabilidade e resiliência de componentes, magnitude de impactos, entre outros.
Voltado a estudantes e profissionais envolvidos no licenciamento, planejamento e gerenciamento ambiental, Avaliação de impactos cumulativos se insere no mercado como o primeiro guia de referência para impulsionar melhor qualidade e completude dos estudos ambientais brasileiros.