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Este livro traça a evolução da matematização da natureza desde a Grécia Antiga até o século XX, mostrando como os fenômenos naturais passaram a ser expressos por equações matemáticas — base da ciência moderna e das transformações tecnológicas atuais.
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A História da Matematização da Natureza - Impresso

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      O processo pelo qual os fenômenos da natureza vêm sendo expressos por equações matemáticas tornou-se essencial para a ciência e a tecnologia no mundo atual, não só para compreendê-los, como também prevê-los, controlá-los e modificá-los. Como resultado da evolução da Teoria Matemática, a natureza passa a ser concebida como sua própria expressão matemática. Assim, por exemplo, a geometrização do espaço desenvolvida por Einstein confunde-se com o espaço natural. O livro "A História da Matematização da Natureza" mostra como isso aconteceu, a partir dos primórdios da humanidade até o século XX.

      Esse processo teve origem quando apareceu, na Grécia Antiga, um tipo de pensamento radicalmente novo que veio a se chamar teoria; porém, só se estabeleceu totalmente quando se inicia aquilo que foi denominado ciência moderna, no século XVII, como expressou Galileu - "o livro da natureza está escrito em caracteres matemáticos".

      A partir de então a matemática torna-se uma forma de analisar os fenômenos naturais quantificados, disso resultando a matematização da natureza, que permitiu por um lado a criação da Teoria da Relatividade por Einstein, e por outro, a descoberta dos transistores pelas teorias matemáticas da Física dos Materiais.

      Tal dominância da natureza matematizada no mundo contemporâneo vem transformando radicalmente a vida humana, não só sob o ponto de vista tecnológico, como também social e econômico. Mas, além disso, trouxe problemas filosóficos e éticos que desafiam tanto as doutrinas idealistas como as realistas.

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      Especificação

      Autor?Milton Vargas
      Sobre o AutorMILTON VARGAS
      Nasceu em Niterói (1914), filho de Abel Vargas, médico da Light and Power Company; morou na infância com seus pais em acampamentos de várias obras de usinas hidrelétricas, dai surgiu a vontade de tornar-se engenheiro projetista de barragens.

      Diplomou-se em Engenharia Elétrica em 1938 e em Engenharia Civil em 1942, na Escola Politécnica de São Paulo. Foi funcionário do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo) de 1938 a 1952, onde entrou na função de assistente aluno, chegando a ser chefe da Seção dos Solos e Fundações. A partir de 1954 passou a trabalhar como consultor autônomo em projetos de barragens de terra, estradas, túneis e fundações. Mas, continuou no Conselho Administrativo do IPT até 1987, quando se desligou definitivamente deste Instituto.

      Fez curso de especialização como "Special Student da "Graduate School of Engineering and Applied Sciences", em Harvard (1946), onde foi aluno dos dois criadores da Mecânica dos Solos, Karl Terzaghi e Arthur Casagrande, participou, também, do curso de Teoria Matemática ministrado por Richard von
      Mises.

      Em 1952 venceu o concurso para professor catedrático de Mecânica dos Solos na Poli. Além dessa disciplina, ministrou aulas de Filosofia da Ciência de 1964 a 1968. Então, passou o curso para seu amigo Vilém Flusser que, logo depois, mudou-se para a Europa, concentrando seu trabalho na área de Teoria da Comunicação. De 1972 a 2004, aproximadamente, foi responsável pelo curso de pós-graduação sobre Metodologia da Pesquisa Tecnológica.

      Paralelamente à atividade como engenheiro, dedicava-se ao estudo e à publicação de trabalhos sobre filosofia, tomando parte, em 1949, da criação do Instituto Brasileiro de Filosofia, com Miguel Reale, Vicente Ferreira da Silva e Heraldo Barbuy, entre outros.

      Publicou vários artigos de critica literária e filosofia da ciência nas revistas Diálogo, criada por um grupo de amigos em 1955, e na Revista Brasileira de Filosofia editada por aquele Instituto.

      Entre 1983 e 1989 foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência.

      Em 1961, fundou com Henrique Herweg, Telemaco van Langendonck, Alberto Giaroli e Yves E. Josquin a Themag Engenharia, uma das mais conceituadas empresas brasileiras de engenharia consultiva, participando ativamente de projetos executivos como os das Hidrelétricas Ilha Solteira e Itaipu, Rodovia dos Imigrantes, Linha Norte-Sul do Metrô de São Paulo, entre muitas outras obras de grande porte.
      Em 1989, foi eleito membro da Academia Paulista de Letras devido a sua atividade como escritor de inúmeros artigos de filosofia, crítica literária e engenharia. É autor dos livros Introdução à Mecânica dos Solos (1977), pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, Verdade e Ciência
      (1980), Poesia de Verdade (1991), Para uma Filosofia de Tecnologia (1994), entre outros.

      Veio a falecer em 2011, aos 97 anos, em São Paulo, onde viveu desde os 15 anos, considerando-se por isso mais paulista que fluminense.

      Além de "A História da Matematização da Natureza" deixou inédito outro livro, que provavelmente vai ser lançado em 2016: "Grandes Poetas do Século XX", no qual "reúne suas andanças poéticas e empatias literárias", segundo o poeta Paulo Bomfim da Academia Paulista de Letras.
      SumárioSumário
      Páginas444
      ISBN85-7106-231-5
      Publicação2015
      Formato17 x 24 cm
      EncadernaçãoBrochura

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